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13/05/2019

10 livros que discutem criticamente a luta pela liberdade do povo negro

Neste 13 de maio, data em que o Brasil aboliu legalmente a escravidão (em 1888), a equipe da Comunidade Educativa CEDAC selecionou dez livros infantojuvenis que possibilitam discutir de modo crítico a luta pela liberdade do povo negro.

Confira!

#1
Zumbi assombra quem?
Allan da Rosa, Editora Nós

Zumbi é um tipo de monstro fedorento caindo aos pedaços ou um guerreiro pensante que mora nos vãos da terra? Dúvidas sobre seu corpo e sua história borbulham na cabeça do menino Candê, que mergulha nos detalhes da africanidade que leva nos poros, cabelos e passos.

#2
Extraordinárias – Mulheres que revolucionaram o Brasil
Duda Porto de Souza e Aryane Cararo, Editora Seguinte

Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem.

#3
Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis
Jarid Arraes, Editora Pólen
 

Desde 2012, a autora Jarid Arraes se dedica a desvendar a história das mulheres negras que fizeram a História do Brasil. E não bastava conhecer essas histórias, era preciso torná-las acessíveis e fazer com que suas vozes fossem ouvidas. Para isso, Jarid usou a linguagem poética tipicamente brasileira da literatura de cordel.

#4
Poemas para ler com palmas
Edimilson de Almeida Pereira, Mazza Edições

Nesta obra, o autor estende um fio poético a partir de cinco mitopoéticas de matrizes afrodescendentes: a Capoeira, o Congado, o Jongo, os Orixás e os Vissungos. O resultado é um livro-canto, em movimento, que convida o leitor-ouvinte a participar dessas cinco matrizes culturais afrodescendentes.

#5
Cumbe
Marcelo D´Salete, Editora Veneta

O autor retrata de forma inovadora a luta dos negros no Brasil colonial contra a escravidão. O livro traz histórias em quadrinhos emocionantes, protagonizadas por escravizados, mostrando a resistência contra a violência das senzalas brasileiras.

#6
Nós de Axé
Janaína de Figueiredo e Paulica Santos, Editora Aletria

A obra narra a relação de uma encantadora menina com sua fitinha da sorte do Senhor do Bonfim, com sua fé e com sua cultura. Quem já teve uma dessas fitinhas durante a infância sabe como é mágico fazer os três nós e os três pedidos e esperar ansiosamente a fitinha arrebentar. A fitinha vira uma companhia constante, deixamos ela numa “peinha de nada”, até que um dia ela se vai. “O tempo, apenas ele, tem o poder de realizar aquilo que se pediu. E quando a pulseira cai, a sorte lhe acena”.

#7
As lendas de Dandara
Jarid Arraes, Editora de Cultura

Na sociedade do período do açúcar, a casa-grande era a residência do senhor de engenho. Seu conforto contrastava de modo gritante com a miséria e as péssimas condições de higiene das senzalas, onde moravam os escravos. O tratamento dado a eles era cruel, envolvendo castigos sangrentos, ataques sexuais e dolorosas explorações físicas e mentais. Afinal, eles não passavam de semoventes – criaturas que se moviam por si, como os cavalos, as vacas e os cachorros da fazenda. E que podiam ser vendidos, trocados, emprestados ou doados, como qualquer outro animal na posse do senhor branco. É contra essa estrutura odiosa que se ergue Dandara dos Palmares, guerreira e companheira de Zumbi, que luta à frente das formações de palmarinos dispostos a reconquistar a liberdade de a dignidade para si e para seus irmãos escravizados. “As lendas de Dandara” é um romance que busca preencher lacunas de uma história do Brasil que nunca foi bem contada.

#8
Amoras
Emicida, Companhia das Letrinhas

Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre.

#9
Abecê da Liberdade – A história de Luiz Gama, o menino que quebrou corrente com palavras
José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, Editora Alfaguara

A história de Luizinho começa em Salvador, na Bahia, no início do século XIX. Sua mãe, uma negra africana que chegou ao Brasil como escrava, se chamava Luiza Mahin. Luiza era muito valente e depois de conseguir sua própria liberdade passou a lutar pela emancipação de outros escravos. Mas ela se envolveu em tantas revoltas que precisou fugir de Salvador, deixando Luizinho aos cuidados do pai.

Ninguém sabe o nome do pai de Luizinho, apenas que era branco e que vendeu o filho como escravo. O menino foi então parar no Rio de Janeiro, onde viveu muitas aventuras. Com muita determinação e seguindo os conselhos deixados por sua mãe, Luizinho conseguiu reescrever sua história. Muitos anos depois, se tornaria o famoso escritor, advogado e abolicionista Luiz Gama, responsável pela libertação de centenas de escravizados.”

#10
A vida não me assusta
Maya Angelou, DarkSide Books

Maya Angelou nasceu em 1928, e cresceu durante a Grande Depressão dos anos 1930. Sentiu na pele a violência racista do Sul dos Estados Unidos e foi vítima de violência sexual na infância. Como consequência do trauma, ficou cinco anos sem falar. Mas ainda teria muito o que dizer.

A vida não me assusta é um pequeno livro de arte para crianças valentes, que enfrentam fantasmas e meninos brigões da escola com a cabeça erguida. Mas se você é daqueles que têm medo até da própria sombra, fique esperto. Esse livro pode muito bem ser a inspiração que faltava para você trazer à tona toda a sua coragem.

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